quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Aumenta o número de conflitos por água no país

A Comissão Pastoral da Terra (CPT) divulgou nesta quarta-feira, 1º de setembro, dados parciais do levantamento “Conflitos no Campo”, relacionados ao período de 1º de janeiro a 31 de julho de 2010.

No documento destaca-se o aumento do número de conflitos por água no país. Durante o período, foram registrados pela CPT 29 conflitos pela água envolvendo 25.255 famílias – número 32% maior do que em 2009, quando foram registrados 22 conflitos envolvendo 20.458 famílias.

Em todas as regiões do Brasil, com exceção do Norte, os conflitos pela água cresceram. O Centro-Oeste registrou um aumento de 50%, enquanto no Nordeste foi de 18,5%, no Sul 50% e no Sudeste 175%. A região Norte, apesar de registrar queda no número de conflitos, verificou um aumento de 2.250 para 11.150 famílias envolvidas nas disputas.


Elm, o celular ecológico da Sony Ericson

Elm é um celular da Sony Ericsson, além de possuir tecnologia avançada, o aparelho também traz uma série de características sustentáveis que começam desde a produção.

A embalagem é minimizada, diminuindo a quantidade de plásticos e papéis, além disso, é feita de plásticos reciclados. O celular não possui produtos químicos perigosos como chumbo e mercúrio e as tintas utilizadas são à base de água.

O manual de instruções está contido no próprio telefone, o que economiza folhas e folhas de papel em um artigo que ficará logo em desuso. A tela grande e luminosa permite que a leitura dos itens seja fácil e dinâmica.

Ainda não há previsão para a produção do celular, mas a idéia já é um grande passo para tornar estes aparelhos produtos mais sustentáveis.

Projeto registra 102 baleias franca em vôo de monitoramento

O segundo vôo de monitoramento desta temporada, realizado pelo Projeto Baleia Franca com o objetivo de censo, catalogação e análise de distribuição da espécie em águas brasileiras ocorreu nesta quarta-feira, dia 15 de setembro, e registrou 102 indivíduos, dos quais 36 eram pares de fêmeas com filhotes, além de outros 30 animais adultos. A atividade de monitoramento aéreo foi acompanhada pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade e contemplou o litoral entre Xangri Lá (RS) e Florianópolis (SC), com destaque para a concentração de cetáceos na Área de Proteção Ambiental (APA) da Baleia Franca, que se estende do Balneário Rincão (SC) ao Sul da capital catarinense. O trabalho integra o Programa de Monitoramento das Baleias Franca no Porto de Imbituba e adjacências.
“Setembro é o mês em que temos o pico de avistagens da espécie na região. Isto porque tanto as baleias que chegaram no início da temporada, em julho, quanto as que vieram um pouco mais tarde, estão presentes em nosso litoral. A partir de outubro, elas começam sua viagem de volta às águas geladas do Pólo Sul, onde ficam as áreas de alimentação. Santa Catarina e, principalmente, as cidades compreendidas pela APA da Baleia Franca correspondem a um berçário da espécie, pois servem como zonas de reprodução em função das enseadas serem protegidas por encostas e proporcionarem segurança para atividades de acasalamento, procriação, amamentação e preparo dos filhotes”, explicou a Diretora de Pesquisa do Projeto Baleia Franca, Karina Groch, que é Ph.D. em Biologia Animal e trabalha há 16 anos em prol da pesquisa para a conservação da espécie.

De acordo com Karina, o número já era esperado. “Estes 102 exemplares que registramos neste voo representam uma importante amostragem do total de baleias que vieram para o Brasil neste ano e este número já era estimado por nós, considerando o ciclo reprodutivo trianual da espécie. Em 2007, por exemplo, registramos 114 indivíduos no sobrevoo de setembro”. O diferencial para o sobrevoo, conforme a bióloga, foi o grande número de avistagens entre Jaguaruna e Laguna, praias do Litoral Sul de Santa Catarina. “Tivemos 38 baleias franca registradas entre o Camacho, em Jaguaruna, e o Mar Grosso, em Laguna, com destaque para a concentração nas praias da Galheta e do Ipoã, ambas nas proximidades do Farol de Santa Marta”, informou Karina. Outro destaque foi a quantidade de baleias manchadas registradas no voo. “Foram dois semi-albinos adultos e seis baleias com manchas brancas e cinzas no dorso”, completou a bióloga.

O monitoramento do Projeto Baleia Franca continua em pontos fixos a partir de terra, localizados entre Torres e Florianópolis. As atividades do PBF/Brasil também englobam a publicação de trabalhos científicos, atividades de educação ambiental e orientação às embarcações turísticas durante a temporada de observação. Além disso, a ONG tem representatividade na Comissão Internacional da Baleia, da qual a Diretora de Pesquisa do PBF/Brasil, Karina Groch, participa como pesquisadora convidada pela própria comissão e também pelo Governo Brasileiro, junto a representantes do Centro Mamíferos Aquáticos, do ICMBio (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade).

Projeto Baleia Franca – PBF/Brasil

O Projeto Baleia Franca (PBF/Brasil), patrocinado pela Petrobras, é uma instituição sem fins lucrativos sediada na Praia de Itapirubá, em Imbituba (SC), que trabalha há 28 anos pela conservação da baleia franca por meio de duas linhas principais de pesquisa: o monitoramento aéreo e o monitoramento terrestre. Através do monitoramento aéreo é realizada a censagem, análise de distribuição e identificação individual das baleias francas, com o objetivo de avaliar o status populacional da espécie em águas brasileiras. A partir do monitoramento terrestre estuda-se o comportamento natural da espécie, a interação entre mães e filhotes, como os indivíduos se relacionam nos grupos sociais, bem como o comportamento da baleias franca frente a atividades antrópicas que possam causar algum impacto e comprometer o bem estar dos grupos durante sua permanência em nossas enseadas.

Diálogo das Águas traz reflexões sobre impactos do clima no clico hidrológico

Nesta sexta-feira (24), o ciclo de palestras Diálogo das Águas,promovido anualmente pelo Instituto de Gestão das Águas e Clima (Ingá), acontece com o tema “Recursos Hídricos e Mudanças Climáticas”. A palestra será proferida por Silvano Silvério, secretário de Recursos Hídricos e Ambiente Urbano, do Ministério do Meio Ambiente (SRHU/MMA). O segundo debate deste ano será realizado na sede do Instituto, no Auditório Paulo Jackson, às 15h. O evento é aberto ao público.

Os índices pluviométricos (chuvas), temperaturas do oceano, nebulosidade, umidade relativa do ar e a constante alteração de temperaturas influenciam na qualidade e quantidade dos recursos hídricos. Esses fenômenos que estão relacionados às mudanças climáticas serão abordados durante a apresentação do secretário de Recursos Hídricos do MMA que utilizará dados dos especialistas do Intergovernamental Panel on Climate Change (IPCC) – órgão líder em estudos das mudanças do clima – para sustentar argumentos sobre o impacto de tais alterações sobre os as águas dos rios.

Segundo Silvério, muitos efeitos são provocados pela variação do clima. “Em relação aos eventos hidrológicos, especificamente, podemos constatar a proporção de chuvas intensas em áreas continentais, o que acarretará a elevação dos níveis dos rios e o alagamento das várzeas, que, por fim, provocam as enchentes”, alerta. Ele explica que a escassez hídrica provocada pelo aquecimento da temperatura e pouca precipitação em algumas áreas (ausência de chuvas, por exemplo) causa secas mais prolongadas. Isto devido à modificação da distribuição espacial e temporal dos índices de evaporação e de umidade do ar originada pela alteração da temperatura atmosférica e oceânica. “Estes fenômenos não apenas preocupam os gestores dos recursos hídricos, como também a administração urbana”, já que poderá provocar tragédias para toda a população”, afirma.

Silvano aponta outros problemas que podem surgir com a variação climática, como a elevação da impermeabilização do solo que dificulta a absorção de água, causando assim, situações de inundação bem como de eslizamentos de encostas. Nas áreas urbanas costeiras a elevação do nível do mar e a intrusão de água salina nos lençóis subterrâneos que abastecem grande parte das cidades litorâneas é outro subtema que terá espaço no debate. “Diante de um cenário de mudanças e transformações do clima, instituições como o Ingá tem o dever de deixar cada vez mais a população informada sobre estes assuntos, ressalta.

No dia 29 de outubro, o Diálogo das Águas finaliza o ciclo anual com o tema “Justiça Ambiental e Mudanças Climáticas”, palestra que será proferida pelo coordenador da Federação de Órgãos para Assistência Social e
Educacional do Espírito Santo (FASE – ES), Marcelo Calazans.

Água contaminada por urânio encontrada perto de mina na Bahia

Em outubro de 2008, o Greenpeace publicou dados mostrando que a água potável em torno da mina de urânio de Caetité, na Bahia estava contaminada pelo mineral em níveis 7 vezes maiores do que os recomendados pela OMS.O Instituto local de clima e gestão de recursos hídricos (Ingá) começou então a investigar o problema. Em novembro de 2009 eles suspenderam o uso de água de 5 poços como prevenção, pois os níveis de radioatividade estavam acima dos limites permitidos.
Em 21 de Janeiro de 2010, Ingá e o departamento de saúde da Bahia notificaram as autoridades locais em Caetité que outros 3 poços deveriam ser fechados e que água potável deveria ser fornecida à comunidade. Radioatividade foi outra vez encontrada em níveis superiores aos permitidos nestes poços, de acordo com essas instituições.

De acordo com o Greenpeace, que realizou uma visita à área ontem (27/01), os poços ainda não foram fechados e tanto a INB (Industrias Nucleares Brasileiras) quanto o CNEN (orgão regulador) alegam que os resultados do Ingá são falsos.

O Greenpeace ofereceu uma garrafa de água de um dos poços contaminados para o secretário de recursos hídricos, o setor local responsável por providenciar água potável, que recusou a oferta.

O INB alega que mesmo se a água estiver realmente contaminada isso não é causado pela mineração de urânio. De fato, a presença natural do urânio pode causar aumento dos níveis de contaminação em águas subterrâneas. De qualquer forma, o INB é responsável por monitorar os impactos possíveis das atividades da mineração do mineral. Eles devem fazer testes regulares na água potável utilizada pelas comunidades próximas e alertar a população se a água contém níveis perigosos de urânio.

O preço da Floresta Amazônica

Muitas tentativas de estudo foram feitas com o intuito de colocar no papel o valor de todos os recursos que uma floresta em pé pode te oferecer. Alguns calcularam o carbono armazenado, outros, os serviços que o ecossistema desenvolve e até o preço do terreno.

Atualmente uma nova pesquisa desenvolvida pela WWF colocou preço em todos os recursos fornecidos por um hectare da Floresta Amazônica, incluindo mel, fibras, cogumelos, plantas medicinais, prevenção de erosão e fogo, polinização, armazenamento de carbono e recreação.

Os pesquisadores chegaram a um valor de 426 dólares por hectare para a floresta em pé, entre 300 e 600 dólares por hectare se a floresta fosse planificada e convertida em plantações de soja, e um valor entre 51 e 148 dólares se a terra fosse utilizada para pecuária.

“Água em pó” existe. E pode reduzir o aquecimento global

A água em pó existe e ainda por cima pode combater o aquecimento global. Parecida com um punhado de açúcar, a água em pó é formada por moléculas de água e de silica (SiO2, dióxido de silício). Cada grão do pó possui uma concentração de 95% de água, a mesma de uma melancia.

Graças a essas características, a “água em pó” pode armazenar gases, como o dióxido de carbono (CO2), um dos principais responsáveis pelo aquecimento global. O autor da descoberta é o cientista britânico Andrew Cooper, que apresentou uma pesquisa sobre essa aplicação da água com silica no 240º Encontro Nacional da Sociedade Americana de Química, nesta quarta-feira, nos Estados Unidos.

Em pesquisas de laboratório, Cooper descobriu que a substância absorve três vezes mais CO2 que água e silica separadas – e, melhor, no mesmo espaço de tempo. A “água em pó” também seria capaz de acelerar a produção de matéria-prima utilizada na fabricação de remédios, alimentos e outros produtos de consumo.

“Não há nada parecido com isso”, diz Ben Carter, um dos cientistas envolvidos no estudo. “Esperamos que a água em pó ajude a resolver muitos problemas no futuro”. De acordo com Cooper, o pó poderá também ser utilizado para outros fins, como o transporte de materiais industriais nocivos.

A “água em pó” foi descoberta em 1968, mas recebeu pouco destaque na comunidade científica até 2006, quando seu uso foi retomado por cientistas britânicos. Foi só recentemente que os cientistas descobriram que ela pode ser utilizada para armazenar gases.